Quando era menor, no futebol, me destacava mais pelo empenho e velocidade do que pela habilidade. Mas foi só bem depois que comecei a praticar a corrida de rua como esporte mesmo. Comecei sozinho, com aquelas clássicas corridas de final de semana. Sempre do mesmo jeito, nos mesmos lugares e nas mesmas distâncias. Até então, não tinha problema. Não tinha nenhum objetivo e a corrida era por puro prazer.
Alguns anos depois, participei da minha primeira prova (daquelas com kit, medalha e número de peito). Foi com um pessoal da academia que eu frequentava. Gostei bastante da energia daquele evento. Todas aquelas pessoas competindo e se divertindo. No ano seguinte, participamos novamente da prova. Meu treinamento foi solitário e bem amador, por isso, não tive qualquer melhora na comparação com o ano anterior. Nesse momento eu havia criado um objetivo. Ganhar de um adversário bem específico: eu mesmo.
Reparei nas tendas e nas camisetas de grupos de corrida durante a prova. Decidi que ia entrar em um grupo de corrida e levar mais a sério esse esporte que me fazia tão bem. Depois de entrar em contato com algumas assessorias, escolhi a Winners. Isso foi em 2013.
Entrei na equipe muito empolgado. Foi tanta empolgação que na minha primeira semana de treinos me machuquei feio: uma fissura na cartilagem do joelho. Tive que encarar semanas de fisioterapia e caminhadas. Assim veio o primeiro aprendizado – a importância na observação da pisada na compra de um tênis para correr. Como nunca havia cuidado isso antes, acabei me lesionando.
Depois, com o tênis correto consegui me reabilitar e retornar aos treinos. Aos poucos fui conhecendo o pessoal da equipe e me enturmando.
Nos primeiros meses, reclamei um pouco da minha planilha. Às vezes achava que estava muito fácil, outras vezes que o treino estava muito chato e repetitivo. Entretanto, com o passar do tempo, notei a melhora no meu rendimento e passei a respeitar os treinos.
Comecei correndo provas de 5km e depois 10km. Melhorei o tempo dos 10km e comecei a correr as provas de “aventura”: TTT, Wine Run e Mountain Do.
Depois disso veio o primeiro grande desafio – a meia-maratona. Decidi que seria em Punta del Este, já que sairia uma excursão da equipe para lá.
O treinamento foi cumprido a risca e o resultado veio. Consegui concluir a prova sem problemas, o que coroou uma baita viagem com a família Winners. Gostei bastante de correr os 21km e repeti essa distância mais algumas vezes depois disso.
Em 2018, depois de muito pensar a respeito, resolvi encarar o maior desafio: a tão temida maratona. Foram 4 meses de preparação, muitos longões e algumas dores no meio do caminho. O melhor veio no fim: 42,195km em 3 horas e 54 minutos. Apesar da exaustão e das dores nas pernas, a sensação de dever cumprido foi muito boa.
Existem muitos outros desafios a serem encarados ainda. O mais legal deles: seguir correndo por muitos e muitos anos. Sigo nesse caminho.
Correr continua sendo muito prazeroso, assim como era no começo de tudo. Mas as experiências que vivi com essa galera não tem preço.
Juntos somos Winners!